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2021 foi o ano em que se venderam mais casas em Portugal, sendo 11% compradas por estrangeiros

27 jan 2022 min de leitura
O mercado imobiliário continuou a ser alvo de destaque em 2021, depois de ter sido considerado um dos sectores mais resilientes no primeiro ano de pandemia. Segundo a consultora JLL, foram transacionadas 190 mil habitações no ano passado, representando um crescimento de cerca de 20% face a 2020. Estima-se que o volume de transações esteve na casa dos 30 mil milhões de euros, sendo considerado o “melhor ano de sempre” para o sector.

No dia em que divulgou o relatório anual de mercado “Market 360º”, a JLL refere ainda que “A habitação foi o sector estrela do imobiliário em 2021, superando todos os anteriores níveis de atividade”. Dados da consultora, mostram ainda que, em 2021 venderam-se cerca de 190 mil casas, mais 18% do que em 2020 e mais 12% do que em 2019 (um ano recorde para o mercado residencial nacional).

Do total de habitações transacionadas, 89% foram vendidas a compradores nacionais e cerca de 11% a estrangeiros. A consultora refere que “os fortes fundamentos de mercado deverão ter continuidade em 2022, esperando-se um novo ano de atividade em máximos”, salientando que “Portugal é já um destino residencial reconhecido no estrangeiro” e por esse motivo as alterações ao regime de vistos gold não deverão trazer consequências negativas para o mercado.

Numa perspetiva não tão positiva, permanece o problema da escassez de oferta. A responsável pela área de Research da JLL, Joana Fonseca, refere que o stock de habitação “aumentou apenas 1,9% na última década, o que corresponde a cerca de 108.500 fogos, ou seja, menos do que se vendeu este ano”.

Já o CEO da JLL Portugal, Pedro Lancastre, alerta para as dificuldades que persistem no mercado residencial, nomeadamente a “morosidade e burocracia dos processos de licenciamento”. O Diretor Executivo constata ainda que o número de unidades residenciais licenciadas em Portugal na última década ficou 70% abaixo da década anterior (2001-2011).

Além disso, os fortes aumentos dos custos de construção têm impactado os planos de negócio e o preço para o utilizador final. Dados recentes mostram um aumento de 7,4% nos custos da construção só no último ano. A consultora adverte para a importância de se “gerir estes constrangimentos para que a criação de oferta possa ser célere e dar resposta às necessidades do país”.

Fonte: Relatório Market 360º divulgado à comunicação pela consultora JLL
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