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O que está a pandemia a mudar nos vários segmentos do setor imobiliário?

16 abr 2021 min de leitura
"Logística tornou-se ainda mais um segmento de destaque, face à importância que teve e está a ter na pandemia”, segundo o estudo Prime Watch, da B. Prime.

A que mudanças estamos a assistir nos vários segmentos do setor imobiliário na sequência das sucessivas restrições impostas pela pandemia da Covid-19? E o que se pode esperar do futuro? “A logística tornou-se ainda mais um segmento de destaque, face à importância que teve e está a ter nesta pandemia”. Esta é uma das conclusões a retirar do estudo Prime Watch, da consultora imobiliária portuguesa B. Prime.

Segundo o mesmo, que analisa as diferentes performances das áreas que compõem o mercado imobiliário comercial - escritórios, logística e retalho -, “os segmentos que dependem da volatilidade dos fluxos turísticos foram os mais penalizados”. No que diz respeito ao teletrabalho, a consultora considera que “deverá fazer parte de um sistema futuro que será híbrido e que trará mudanças na arquitetura de interiores tanto dos escritórios como também do retalho, cujos layouts serão, cada vez mais, uma fusão de ambientes”.

Relativamente ao mercado de investimento, o estudo “aponta para um ajustamento nas estratégias, com um forte acréscimo de procura pelos setores da logística e da construção de habitação para arrendamento (‘build to rent’), mantendo-se o interesse nos restantes setores ainda que numa vertente mais oportunista”. “Esta tendência surge devido aos previsíveis problemas de liquidez que alguns proprietários enfrentam ou podem vir a enfrentar, nomeadamente no setor do turismo. A procura mantém-se igualmente elevada em segmentos ‘core’ onde os negócios acarretam muito baixo risco, ou seja, em que a qualidade dos inquilinos e a duração dos contratos é muito valorizada pelos investidores”, refere a consultora, em comunicado.

Citado no documento, Jorge Bota, Managing Partner da B. Prime, alerta “para a imprevisibilidade dos cenários futuros” e lembra que “a retrospetiva feita com base em factos concretos reflete bem o impacto que esta pandemia teve em Portugal”. “Relembra-nos, no entanto, da importância de três princípios, muitas vezes pouco valorizados. O primeiro dos quais, a incrível resiliência do mercado imobiliário, em particular do português; a importância do tecido empresarial e a reinvenção a que foi sujeito; e por último a relevância da diversificação dos investimentos em diferentes segmentos e ou mercados”, comenta.


Fonte: Idealista
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